Condenada e fora do país, Carla Zambelli adota estratégia de exílio político e busca reaproximação com Bolsonarismo radical 4i6a6m
Fabio Andrade, cientista político e professor do curso de Relações Internacionais da ESPM, e Marcelo Crespo, professor e coordenador dos cursos de Direito da ESPM

A deputada Carla Zambelli, condenada pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) a 10 anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão dos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), afirmou que deixou o Brasil e solicitará licença da Câmara dos Deputados.
Segundo Fábio Andrade, cientista político e professor do curso de Relações Internacionais da ESPM, é possível, partindo do benefício da dúvida, que Zambelli tenha saído do país por motivos de saúde e que pretenda retornar. “Não podemos descartar esse cenário. No entanto, há outras duas possibilidades mais prováveis”, avalia Andrade.
A primeira hipótese é de que Zambelli reconheça que sua condenação é iminente. Ciente de que não contará com apoio suficiente na Câmara para reverter a decisão ou obter uma anistia — especialmente considerando que seu nome não está incluído em nenhum dos projetos de anistia em discussão —, ela pode ter optado por deixar o país como último recurso. A estratégia, nesse caso, seria buscar refúgio em uma nação que não possua tratado de extradição com o Brasil, numa tentativa de preservar sua liberdade.
A segunda possibilidade, que chama mais a atenção do professor, é a tentativa de reposicionamento político. Diante de um cenário institucional adverso, Zambelli pode estar buscando se reaproximar de grupos bolsonaristas mais radicais, dos quais foi afastada. Esse movimento ganharia sentido especialmente no contexto da ausência de Eduardo Bolsonaro do cenário político e das recentes manifestações, por parte de setores do governo dos Estados Unidos, sobre ações de pressão internacional contra instituições que, segundo eles, estariam agindo contra apoiadores de Donald Trump — como seria o caso do STF no Brasil.
“Analiticamente, me parece que Zambelli adota uma estratégia dupla: de defesa pessoal, visando evitar a prisão, e de tentativa de se recolocar como figura simbólica de uma narrativa bolsonarista que acusa o sistema político brasileiro de perseguição”, diz Andrade.
Para o coordenador do curso de Direito da ESPM, Marcelo Crespo, o procedimento envolve cooperação internacional e pode enfrentar obstáculos jurídicos: “O Supremo Tribunal Federal pode, sim, intimá-la. Existe um instrumento jurídico chamado carta rogatória, que é utilizado para solicitar a cooperação de autoridades estrangeiras quando a pessoa está fora do país. Esse processo costuma levar algum tempo para ser concluído.”
“Além disso, se ela estiver em um país onde foi emitido o seu aporte — ou seja, se ela for cidadã daquele país —, dificilmente será extraditada, pois muitos países não extraditam seus próprios nacionais. Por isso, é importante verificar onde o aporte foi emitido e em qual país ela se encontra atualmente”, analisa o docente.
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Comentários 2q4d5t
Quero dizer essa mulher pelo o que ela praticou já era para está preza a muito temo, mas justiça brasileira e muito lenta dorme muito, e deixa os bandidos deitar e rolar no Brasil.
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